Equações

A ciência homeopática foi inaugurada em 1796, pelo médico alemão Samuel Hahnemann, e desenvolvida pelo mesmo a partir de sua obra magna, “Organon”, publicada a primeira edição em 1810, tendo esse ramo da medicina tido como precursor, o médico suíço Paracelso. A homeopatia é uma especialidade médica vitalista, sendo vitalismo a doutrina que transcende aos conceitos atuais das ciências físicas, químicas e biológicas, ao admitir uma força ou energia vital, ou ainda, uma essência vital ou princípio vital, na organização estrutural e funcional dos seres vivos. O vitalismo homeopático abrange a matéria corporal, a alma pensante ou mente racional e o princípio vital, este que é a essência de combinação entre o corpo e a mente ou alma racional. No dia 21 de novembro de 1840, a homeopatia foi trazida ao Brasil pelo médico francês Benoit Mure.

A ideia de vitalismo não deve ser entendida como sendo restrita ao “eurocentrismo”, vez que outras civilizações, além da europeia, já haviam desenvolvido a compreensão do princípio vital, ou da essência universal, utilizando outras nomenclaturas, incluindo os povos africanos, asiáticos, ameríndios e outros índios ou nativos, no entanto, dada a referência bibliográfica disponível, estas hipóteses citam a importância de Paracelso e de Hahnamann, este que se inspirou na interpretação ternária do médico francês Paul Joseph Barthez, em classificar o ser humano em corpo, alma e princípio vital.

As ideias apresentadas a seguir constituem as hipóteses de Venturelli da homeopatia quântica.

As fórmulas da mecânica quântica homeopática, ou fórmulas da homeopatia quântica, tratam da versão homeopática da equação de Schrödinger, ou equação da função de onda homeopática, onde Ψ retrata a amplitude de probabilidade e tem natureza vetorial; mas tratam também do cálculo quântico da função de onda homeopática, ou cálculo da função de onda da homeopatia quântica, onde Ψ² tem a natureza de função propriamente dita e descreve a densidade de probabilidade da partícula ser encontrada em determinado ponto ou lugar no espaço.

Nas hipóteses de Venturelli da homeopatia, a matemática imaginária da mecânica quântica traduz a participação da psique ou do psiquismo na função de onda, psi, Ψ. Assim, as funções de onda quântica, as quais caracterizam as amplitudes de probabilidade das partículas, são, em última análise, funções matemáticas referentes à energia vital das ondas cerebrais verificadas na eletroencefalografia (EEG) e na magnetoencefalografia (MEG), mas se referem também à energia vital de outras oscilações, tais como aquelas da eletrocardiografia (ECG) e da eletromiografia (EMG), enquanto que a memória da água é um fenômeno cujo atributo principal seja uma propriedade ressonante dessa energia vital consciente e inconsciente.

O termo “homeopatia quântica” se refere à abordagem teórica das soluções homeopáticas inseridas na matemática da equação de Scrödinger, sobre a função de onda, em que uma mistura homogênea é tida como um sistema quântico semelhante à nuvem eletrônica de um sistema atômico, isso porque as partículas dispersas em uma solução estão abaixo de um nanômetro de diâmetro, o que propicia funções de onda na solução de entrelaçamento do soluto ao solvente, sendo que o colapso dessas funções de onda é promovido pela energia vital de origem psicológica, mas sobretudo do sistema nervoso visceral, e, portanto, de natureza involuntária e inconsciente, o que leva ao observável clínico do princípio ativo no paciente tratado.

1) Versão homeopática da equação de Schrödinger:

Pelas hipóteses de Venturelli, a equação de Schrödinger, ou equação da função de onda, ou ainda, equação de onda da homeopatia, então, é uma representação matemática da energia vital na ciência homeopática da medicina integrativa. De tal modo que essa energia vital seja quantizada e deva ser entendida como o eletromagnetismo das ondas de frequências extremamente baixas, designadas pela sigla ELF (de “extremely low frequency”, em Inglês) do espectro eletromagnético, entre 3 Hz e 30 Hz, ou mais amplamente de 0,01 Hz ou 0,02 Hz a 1.000 Hz ou até 3.000 Hz, o que abrange a Ressonância Schumann, as ondas cerebrais e a atividade elétrica do coração, dentre outras abrangências.

A energia vital é uma energia de baixa entropia, que se expressa pelas ondas cerebrais e pelas demais oscilações eletromagnéticas em frequências extremamente baixas, de sigla ELF, as quais estão ente 3 Hz e 30 Hz. Assim sendo, a energia vital se manifesta nas ondas cerebrais registradas no eletroencefalograma (EEG) e no magnetoencefalograma (MEG), na atividade elétrica do coração registrada no eletrocardiograma (ECG), na atividade muscular registrada na eletromiografia (EMG) e na Ressonância Schumann, estas que são algumas das oscilações de frequência eletromagnética nessa faixa entre 3 Hz e 30 Hz denominadas pela sigla ELF, ou FEB (de frequências extremamente baixas, em Português).

1.1) Fundamentação homeopática da equação de Schrödinger:

Misturas químicas são dispersões e estas podem ser soluções, coloides e suspensões. O dispersante ou dispergente é a substância que está em maior quantidade e promove a dispersão, ao passo que o disperso é a substância espalhada que se encontra em menor quantidade. As misturas homogêneas apresentam apenas uma fase, enquanto que as misturas heterogêneas possuem mais de uma fase. Nas soluções, o disperso tem dimensões de até um nanômetro; nos coloides, o disperso tem dimensões entre um nanômetro e mil nanômetros ou um micrômetro; nas suspensões, o disperso tem dimensões maiores do que mil nanômetros ou um micrômetro.

Soluções são misturas homogêneas caracterizadas por dispersões monofásicas de um soluto o qual é disperso em um solvente, este que vem a ser o dispersante ou dispergente. A dualidade entre onda e partícula é a manifestação complementar de um sistema disperso (ondulatório) em relação a um sistema não disperso (corpuscular) estando tudo isso em conformidade ao princípio da complementaridade, do físico dinamarquês Niels Bohr, aplicado à homeopatia pela equação do físico austríaco Erwin Schrödinger.

Ou seja, a onda tem analogia à dispersão, enquanto que a partícula tem analogia ao soluto não disperso, i. é, ao corpúsculo.

1.2) Fundamentação matemática da equação de Schrödinger na homeopatia:

A equação de Schrödinger independente do tempo é aplicável a sistemas minerais e biológicos, sendo importante na homeopatia e na medicina integrativa, definindo a equação de onda da homeopatia ou equação homeopática da função de onda. A função de onda da homeopatia é a sobreposição de estados do princípio ativo, que está simultaneamente diluído ou disperso e concentrado ou precipitado. Então, no colapso da função de onda, o princípio ativo se define em partícula referida ao organismo tratado.

Seja a seguinte equação…

H Ψ = E Ψ

Onde: H = operador clínico ou homeopático da solução; Ψ = função de onda da solução e vetor de estado do soluto; E = observável clínico do soluto.

Soluções homeopáticas são sistemas quânticos, em que o soluto se comporta no solvente assim como os elétrons se comportam na eletrosfera, podendo apresentar caráter ondulatório ou corpuscular, conforme o princípio da complementaridade de Niels Bohr, em que os aspectos de onda e de partícula, embora sejam mutuamente excludentes, não apresentam natureza contraditória, mas sim complementar.

O lado esquerdo da equação representado pelo produto HΨ é de composição psicológica; enquanto que o lado direito da equação representado pelo produto EΨ é de composição neurológica. Ou seja, o lado esquerdo é psicológico e o lado direito é neurológico. Assim, na lateralidade esquerda há a unidade imaginária e na lateralidade direita só há a unidade real. Deste modo, Ψ (psi) do lado esquerdo da equação vem a ser a função de onda da solução, enquanto que Ψ (psi) do lado direito da equação vem a ser o vetor de estado do soluto. Portanto, o operador linear é psicológico e o autovalor real é neurológico. Quer dizer, a transformação da função de onda da solução em vetor de estado do soluto se inicia pela energia psíquica do médico, mas se completa pela energia orgânica do paciente, ambas sendo variações da energia vital necessária ao colapso da função de onda.

1.3) Ressonância vital na versão homeopática da equação de Schrödinger:

Frequência natural (ou frequência de ressonância) de um corpo ou sistema é a frequência inerente de oscilação do mesmo. Porém, pode haver não apenas uma única frequência natural e sim um conjunto de frequências de ressonância, quer dizer, mais de uma frequência natural de vibração própria. Quando um corpo ou sistema apresenta mais de uma frequência natural, tais vibrações são harmônicas entre si, ou seja, estão em valores que são múltiplos ou submúltiplos da oscilação fundamental. Portanto, quando se aplica a um corpo ou sistema, uma frequência que tenha valor igual ou harmônico a uma de suas frequências naturais, ambos os sistemas entram em amplitude de ressonância.

Os fundamentos da ressonância vital tratam da participação aquática nas soluções homeopáticas, em que a vibração das partículas de soluto e de solvente entram em sintonia com as oscilações neurais, musculoesqueléticas e viscerais, aumentando a amplitude da energia vital, sem necessariamente, aumentar a entropia dos sistemas biológicos, vez que a quantização biológica da energia é de baixa entropia.

A ressonância entre a memória do médico e a memória da água aumenta a amplitude do soluto memorizado e promove o colapso da função de onda da solução, o que transforma essa função de onda em vetor de estado do soluto, conforme a representação do operador clínico, significando com isso, que o conhecimento acadêmico dos diversos princípios ativos é imprescindível para que haja essa ressonância. Assim, não é o desejo ou a vontade do médico, ou sequer sua consciência moral, que deflagra esse colapso da função de onda e que manifesta o observável clínico associado ao vetor de estado do soluto, mas sim, é a ressonância de seu conhecimento científico que colapsa a função de onda e manifesta o observável clínico do soluto. Deste modo, a prática adequada da homeopatia requer sobretudo uma formação profissional geral e especializada, embora não se deva negligenciar o embasamento ético na proteção da saúde do paciente.

2) Cálculo da função de onda homeopática:

A integral de Ψ² com os limites de integração entre menos infinito (- ∞) e mais infinito (+ ∞) mostra que qualquer partícula de soluto na solução homeopática pode ser referida a qualquer ponto do universo, de modo que sejam válidas as ultradiluições.

∫ Ψ² dx = 1

Onde: ∫ = integral cujos limites de integração são menos infinito (- ∞) e mais infinito (∞); Ψ² = quadrado de psi, que tem analogia com f(x) = y, e retrata a densidade de probabilidade do soluto ser encontrado em algum ponto ou lugar no espaço; dx = diferencial de x, que significa em relação a “x” ou em respeito a “x”; 1 = 100%.

A restrição dos limites de integração pode tratar da noção de orbital, que é a região no espaço onde seja maior a probabilidade de se encontrar o elétron, sendo interessante a notação diferencial de área, “dA”, conforme a seguir…

dA = Ψ² dx < 1 ⇒ A = ∫ Ψ² dx = 1 ⇒ A = ∫ dA

Ou seja, “A” é a área e “dA” é a diferencial de área que indica a probabilidade de se encontrar a partícula quântica em uma região restrita do espaço, que pode ser chamada de orbital, de modo que a soma de todas as probabilidades, “A”, ou integral, seja 100% ou 1.

3) Colapso da função de onda homeopática:

Nestas hipóteses de Venturelli, a equação da função de onda se aplica à homeopatia de tal forma que no entrelaçamento quântico, o qual ocorre entre o soluto e o solvente, a solução seja o estado de sobreposição ondulatória e o princípio ativo seja o estado corpuscular, este que se manifesta no paciente após o colapso da função de onda.

As aplicações clínicas ou homeopáticas são objetivas, pois dependem da formação teórica, prática e ética dos profissionais, e jamais da intencionalidade subjetiva da prescrição ou da vontade aplicada a um tratamento específico, isso tal qual ocorre nas demais especialidades médicas. Ou em outras palavras, o resultado do tratamento homeopático é apenas e tão somente um efeito medicamentoso normal e nunca paranormal ou de placebo. 

O que determina o colapso da função de onda, resultando na melhora clínica do quadro patológico ou na recuperação da saúde, quer dizer, resultando no observável clínico, não é a intenção do médico ou do paciente, mas o fenômeno impessoal da energia, neste caso, da energia vital, independentemente dos aspectos temperamentais ou quaisquer outras condições racionais, emocionais ou morais. Por isso mesmo, o observável clínico do operador homeopático depende da correta prescrição medicamentosa e da adequada farmacotécnica.

Na integral do cálculo da função de onda, os limites de integração estão entre menos infinito (- ∞) e mais infinito (∞). No entanto, o infinito não é um número, não é uma quantidade, mas sim um conceito, quer dizer, uma ideia, portanto, esses limites de integração são abstrações mentais que se encontram no terreno dos pensamentos e dependem da lembrança de um aprendizado matemático anterior. Os limites de integração da função de onda abrangem memória e interpretação abstrata, ou seja, são subjetivos e não objetivos. Deste modo, o colapso da função de onda tem essa integração psíquica de efeito do observador na mecânica quântica.

A unidade imaginária expressa por i = √-1 ou i² = -1 quando inserida na álgebra linear, da equação de Schrödinger independente do tempo, não condiz com nenhuma realidade física, mas sim com a realidade psíquica. Deste modo, quando um operador autoadjunto leva a um autovalor real, a operação é mental e a realidade é de natureza psicológica, embora o autovalor possa ser de natureza visceral ou neurológica. É de se notar, inclusive, que os limites de integração da função de onda tampouco expressam uma grandeza em medição física real, mas apenas imaginária, psíquica.

Seja um espaço vetorial em que por um lado o eixo das abscissas, chamado de “X”, seja o id de Freud ou o inconsciente relacionado à energia potencial, e por outro lado o eixo das ordenadas, chamado de “Y”, seja o superego de Freud ou o consciente relacionado à energia cinética, enquanto que o vetor “Ψ” da combinação linear entre “X” e “Y” seja o ego de Freud ou o self de Jung, assim sendo, o colapso ou o “autocolapso” da função de onda “Ψ” resulta na energia total do sistema nervoso associado ao vetor de estado “Ψ”.

Nesse “espaço vetorial” descrito acima o inconsciente pode ser comparado à matéria corporal, vez que o organismo funciona independente da nossa consciência, enquanto que o consciente pode ser comparado à alma pensante ou mente racional, de modo que o ego de Freud ou o self de Jung possam ser comparados ao princípio vital, ou seja, a imaterialidade do ser.

Por “autocolapso” deve ser entendido que a self da teoria de Jung, ou o ego da teoria de Freud, busca a energia potencial armazenada no inconsciente e a transforma em energia cinética com a medição ou o cálculo da posição do corpúsculo, o que requer aumento do consumo de oxigênio para a respiração celular, o que tem analogia ao fenômeno da combustão, quer dizer, o fogo ou a energia térmica na troca de calor da energia cinética.

O estudo e a aprendizagem da matéria médica homeopática, do repertório homeopático e do mecanismo de ação da homeopatia são fundamentais para que o médico homeopata possa tratar adequadamente seus pacientes, o que parece ser uma lógica redundante, e é; nada tendo de mágica ou de misticismo e tampouco de paranormalidade ou metafísica e sequer de efeito placebo.

4) Sobreposição de estados:

Nas hipóteses de Venturelli, a equação de Schrödinger é uma manifestação matemática da energia vital na ciência homeopática da medicina natural. Assim sendo, na função de onda homeopática, o caráter ondulatório do soluto disperso na solução promove a sobreposição de estados, da grandeza de posição e de momento, considerados estados quânticos de grandezas complementares em soluções dinamizadas, sendo que com o colapso da função de onda, o soluto se manifesta em seu caráter corpuscular associado ao observável clínico.

4.1) Entrelaçamento quântico das soluções:

O mecanismo de ação da homeopatia pode ser fundamentado pela mecânica quântica: Neste caso, ocorre um entrelaçamento quântico entre o soluto e o solvente na solução medicamentosa. Uma vez emaranhados na dispersão, o disperso e o dispersante formam um sistema singular, emaranhado e individualizado, com propriedades medicinais ou curativas as quais poderão ser administradas ao paciente a ser tratado.

O mesmo não acontece com rios, lagos, esgotos e etc., porque as dispersões homeopáticas apresentam volumes compatíveis com as dimensões teciduais dos organismos vivos. As ondas do mar não se manifestam em um frasco de solução medicamentosa, pois as grandezas homeopáticas são citológicas e histológicas, mas não geográficas.

Em outras palavras, as dispersões de esgotos, rios, lagos, mares e oceanos são dispersões de dimensões geográficas, enquanto que as soluções homeopáticas são dispersões de dimensões orgânicas.

Assim, pequenas modificações na configuração eletrônica e magnética das substâncias diluídas, induzidas pelo emaranhamento quântico, ou seja, determinadas por padrões de spin eletrônico atribuídos ao estado entrelaçado, podem desencadear amplos e profundos incrementos funcionais aos remédios, em conformidade ao efeito borboleta da teoria do caos, desde que se considere a complementaridade entre sistemas lineares e não lineares.

É de se notar que o fenômeno do entrelaçamento quântico possa ser definido como sendo a sobreposição de estados quânticos envolvendo mais de uma partícula. Além do emaranhamento entre soluto e solvente, as soluções mais concentradas se entrelaçam às soluções mais diluídas, desde que haja o processo de sucussão da dinamização homeopática.

4.2) Memória da água:

Do mesmo modo que na mecânica quântica há a dualidade entre partícula e onda, e os estados quânticos podem estar em sobreposição, na homeopatia o princípio ativo pode ser encontrado como soluto particular ou ondulatório na solução homeopática.

Na química, as funções de onda são quantizadas pelos números quânticos em três dimensões designadas por “n” (tamanho do orbital), “l” (formato do orbital) e “ml” (orientação do orbital). Neste sentido, Ψ tem um componente radial, R, dado pelo raio “r”, e um componente angular, Y, dado pelos ângulos θ (teta) e φ (phi), como a seguir…

Ψ (x, y, z) = Ψ (r, θ, φ) = R(r) . Y (θ, φ)

Onde: Ψ = função de onda, R ≅ “n”, Y ≅ “l”, θ e φ ≅ “ml”.

A quantização do momento angular leva à quantização do momento magnético, sendo que além desses três números quânticos apresentados acima, que são compatíveis com a mecânica ondulatória de Schrödinger, há ainda a mecânica ondulatória relativística, desenvolvida pelo físico britânico Paul Dirac, que inclui o número quântico spin (s) do momento angular intrínseco e o número quântico magnético de spin (ms) do momento magnético intrínseco.

A memória aquática é cada registro da energia de um estado quântico específico do soluto em relação ao solvente. O que caracteriza o estado quântico de memória da água é a posição da partícula representada pelo número quântico principal, o momento angular orbital representado pelo número quântico secundário, o vetor do momento angular orbital representado pelo número quântico magnético e o momento angular de giro ou rotação e seu vetor representado pelo número quântico magnético do spin.

Quer dizer, a memória da água em face de um princípio ativo se define pela posição e pelo momento angular de suas partículas, o que fornece informações sobre a energia potencial e cinética, de cada uma das partículas do soluto e do solvente na solução emaranhada.

Entre 2011 e 2013, o médico francês Luc Montagnier demonstrou que a memória da água proposta em 1988, pelo também médico francês Jacques Benveniste, é um fenômeno que pode ser transmitido, através da internet, por arquivos de computador. Ou seja, a memória aquática pode ser registrada em arquivos de informática e transportada a distância.

4.3) Entrelaçamento quântico interpessoal:

As hipóteses de Venturelli inferem que o entrelaçamento quântico interpessoal, qual seja, entre o médico, o paciente e o pessoal da farmácia, vem a compor um sistema de emaranhamento complexo com as soluções homeopáticas, estas que entrelaçam o soluto ao solvente. Deste modo, a ressonância entre a memória do médico e a memória da água, em uma solução homeopática, tem como mediador o entrelaçamento interpessoal.

Antes de ocorrer o colapso da função de onda, a informação quântica fica em suspenso, ou seja, pendente ou adiada, quer dizer, em um estado sobreposto de vários estados ao longo de um sistema de entrelaçamento interpessoal, este que é o emaranhamento quântico entre o médico, o paciente e o pessoal da farmácia. De outro modo, após o rompimento do estado entrelaçado o princípio ativo se precipita no organismo do paciente e a informação quântica se define em observável clínico.

Em relação à memória da água, as consultas médicas de homeopatia a distância ou os atendimentos em telemedicina, de homeopatia, são viabilizados pela transmissão da informação através dos diversos meios de comunicação, conforme sugerido por Jacques Benveniste, na década de 90 do século 20, e demonstrado por Luc Montagnier, entre 2011 e 2013.

5) Números quânticos:

Os números quânticos estão relacionados à ideia de função de onda ou orbital do lépton atômico, quer dizer, a região no espaço onde seja maior a probabilidade do elétron ser encontrado. Ou dizendo de outro modo, a função de onda descreve a amplitude de probabilidade da partícula ser localizada. Já o quadrado da função de onda significa a densidade de probabilidade dessa localização.

5.1) Número quântico principal (n): É a posição do elétron.

É admitido que o número quântico principal, n, ao identificar a posição da partícula seja também o tamanho do orbital. Trata dos níveis quânticos.

5.2) Número quântico secundário ou azimutal (l): É o momento angular do elétron.

O número quântico secundário, l, indica o momento angular orbital da partícula, por isso, define também o formato do orbital. Trata dos subníveis quânticos.

5.3) Número quântico magnético (ml): É o vetor do momento angular do elétron.

Este número quântico, ml, chamado de magnético, indica a orientação espacial do orbital referente ao elétron no átomo. Mais especificamente, é o vetor do momento angular orbital do corpúsculo, ao qual se associa um vetor de momento magnético do orbital.

5.4) Número quântico spin (s): É o momento angular intrínseco do elétron.

Este número quântico, chamado spin e simbolizado pela letra “s”, indica uma propriedade intrínseca da partícula quântica definida pelo momento angular intrínseco, embora não seja admitida uma rotação clássica ao elétron. O número quântico de spin, s, define o momento angular e magnético associado à ideia de rotação e, de certo modo, também, a oscilação do lépton, tendo sido proposto para os elétrons pelo físico austríaco Wolfgang Pauli, em 1925. De modo simbólico, é o momento angular de giro ou rotação do lépton. Embora seja considerado uma propriedade intrínseca do elétron e do quark, vejamos o que sugere o estudo da espectroscopia pelo eletromagnetismo em ordem crescente dos comprimentos de onda (decrescente em frequência e energia):

5.4.1) Radiação ultravioleta e visível: Transição de estado quântico molecular ou transição eletrônica das moléculas.

5.4.2) Radiação infravermelha: Vibração quantizada (e translação em energia contínua) das moléculas.

5.4.3) Radiação de micro-ondas: Rotação molecular em energia quantizada.

5.4.4) Radiação das ondas de rádio: Rotação quantizada no núcleo atômico, que é uma rotação bariônica ou nucleônica, visto que o núcleo de hidrogênio tem apenas um próton e gira na ressonância magnética nuclear.

5.4.5) Radiação de ondas ELF ou FEB (3 Hz a 30 Hz): Rotação leptônica ou spin de elétrons, ou seja, a radiação de ondas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) promove o giro dos elétrons, mas também qualquer radiação que esteja entre 3.000 Hz e 0,01 Hz pode estar associada ao giro dos léptons.

5.5) Número quântico magnético de spin (ms): É o magnetismo inerente ao elétron.

Este número quântico define o momento magnético intrínseco da partícula. Em que pese o spin de uma partícula ser definido como uma propriedade intrínseca sem significado idêntico ao da rotação, em termos práticos pode ser considerado o vetor do momento angular de rotação do corpúsculo, ao qual está associado o vetor do momento magnético, sendo que, no caso deste número quântico de magnetismo intrínseco o valor pode ser paralelo ou antiparalelo, e ainda, a sobreposição de ambos.

6) Energia vital:

A energia vital promove o colapso em funções de onda na mecânica quântica e na homeopatia, conforme a equação de Schrödinger e de acordo com o princípio da complementaridade de Bohr.

A energia vital é uma energia de mínima entropia, que se manifesta pelas oscilações neurais e pelas demais ondas eletromagnéticas em frequências extremamente baixas, de sigla ELF ou FEB, as quais estão entre 3 Hz e 30 Hz. Assim sendo, a energia vital se expressa nas oscilações neurais registradas no eletroencefalograma (EEG) e no magnetoencefalograma (MEG), nas ondas da atividade elétrica do coração registrada no eletrocardiograma (ECG), nas oscilações da atividade muscular registrada na eletromiografia (EMG) e na Ressonância Schumann, estas que são algumas das ondas em frequência eletromagnética nessa faixa entre 3 Hz e 30 Hz denominadas pela sigla ELF (de frequências extremamente baixas, em Inglês), ou FEB, em Português.

Essa noção de que a energia vital requer um valor mais baixo de entropia vem da pesquisa do livro “O Que é Vida?”, de Erwin Schrödinger, onde o referido físico austríaco descreve o significado de “entropia negativa” e sua importância para os seres vivos. No entanto, ademais das ondas em frequências extremamente baixas entre 3 Hz e 30 Hz (ELF ou FEB) do espectro eletromagnético, a energia vital pode se manifestar também em uma faixa mais ampla do espectro eletromagnético, mas sobretudo em frequências inferiores às ondas de rádio, estas que apresentam frequência oscilatória acima de 3 kHz. Assim sendo, o espectro eletromagnético da energia vital poderia ser chamado de espectro infrarradial, ou de oscilações infrarradiais, por se caracterizar pelas frequências menores do aquelas frequências das ondas de rádio.

O registro de oscilações eletromagnéticas na eletroencefalografia (EEG), na magnetoencefalografia (MEG), na eletrocardiografia (ECG) e na eletromiografia (EMG) retrata a energia vital individual, mas a ressonância de Schumann representa a energia vital coletiva do planeta Terra, ou seja, a energia vital telúrica, sendo que todas essas oscilações se constituem de ondas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) entre 3 Hz e 30 Hz, ou mais amplamente entre 0,01 Hz ou 0,02 Hz e 3.000 Hz, ou mais especificamente, a partir de 0,017 Hz (que é o valor da frequência em hertz correspondente a uma rotação por minuto – 1 rpm) até 3 kHz.

As agitações das soluções homeopáticas, chamadas de sucussões, as quais são procedidas durante as diluições, definindo as dinamizações, apresentam uma frequência vibratória congênere às oscilações eletromagnéticas dos fenômenos ondulatórios descritos acima. A ressonância Schumann se refere às manifestações coletivas ou telúricas, assim como a ressonância homeopática se refere aos fenômenos clínicos, por isso as respectivas dimensões determinam as especificidades de cada ambiente, ou seja, as grandezas homeopáticas são orgânicas enquanto que as grandezas telúricas são geográficas.

A rotação molecular da água é ressonante às micro-ondas, a rotação nuclear é ressonante às ondas de rádio, enquanto que a rotação de elétrons é ressonante às ondas eletromagnéticas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB). E assim como na rotação das micro-ondas as oscilações moleculares alcançam o infravermelho, de modo semelhante, na presença da água, as rotações ressonantes, em relação às ondas de baixíssimas frequências, também alcançam a faixa da radiação infravermelha do metabolismo humano pela energia vital. Isso explica porque a memória da água é um fenômeno que registra, primariamente, apenas o momento magnético associado ao número quântico spin das partículas diluídas, mas que, secundariamente, registra todos os estados dos números quânticos referentes a essas partículas, vez que a luz visível da fotossíntese é inerente à energia vital.

7) Oscilações neurais:

As ondas cerebrais expressam frequências eletromagnéticas em um espectro apropriado ao estudo da energia vital, o que é útil às aplicações da dinamização na homeopatia eletromagnética ou quântica. Ondas cerebrais, ritmos neurais, oscilações neurais ou ritmos neurais são atividades eletromagnéticas associadas ao movimento de íons entre os neurônios e o meio extracelular, que podem ser detectadas pelo eletroencefalograma (EEG) ou pelo magnetoencefalograma (MEG).

A eletroencefalografia (EEG) e, por extensão, posteriormente, a magnetoencefalografia (MEG) surgiram com os trabalhos do médico alemão Hans Berger, que entre 1920 e 1924 realizou os registros iniciais do eletroencefalograma (EEG). Sendo que entre 1926 e 1929, Berger obteve os registros de ondas alfa occipitais e descreveu sua reatividade à abertura ocular.

7.1) Significado das oscilações neurais:

Seja o que diz o Manual do Técnico em EEG: “Existem dois tipos principais de células excitáveis no nosso corpo: neurônios e músculos. Essas células geram sinais elétricos de maneira espontânea o tempo todo, que podem ser captados pelo EEG, por eletromiografia (EMG) ou por eletrocardiografia (ECG)”.

A atividade elétrica das células dos organismos ocorre pelo deslocamento de átomos ionizados, chamados de eletrólitos, sendo que o movimento desses íons, sobretudo de sódio, potássio, cálcio, cloro e magnésio, gera ondas eletromagnéticas na faixa de 0,5 Hz e 500 Hz até 1 KHz, aproximadamente, que são frequências menores do que aquelas das ondas de rádio. As frequências das ondas de rádio estão entre 3.000 Hz ou 3 kHz e 300 GHz, o que significa que as frequências eletromagnéticas da energia vital estão abaixo das frequências das ondas de rádio, ou seja, poderiam ser chamadas de ondas infrarradiais.

7.2) Classificação das oscilações neurais:

As principais oscilações neurais são relatadas a seguir…

Ondas alfa: 7Hz a 13Hz (média de 10Hz) típicas de meditação, calma, contemplação, percepção sensorial e intuição.

Ondas beta: 13Hz a 27Hz (média de 20Hz) próprias de vigília, alerta, foco, atenção e mente concentrada no trabalho ou nos estudos.

Ondas gama: 27Hz a 33Hz (média de 30Hz) inerentes em maior atividade cerebral, aprendizagem avançada ou neurose e psicose.

Ondas delta: 0,5Hz a 3,5Hz (máximo em cerca de 3Hz) presentes no automatismo orgânico, sono profundo sem sonho, sono não-REM ou coma.

Ondas teta: 4Hz a 7Hz (máximo em cerca de 7Hz) vigentes na sonolência, sono superficial, sono REM, imaginações, transcendência ou hipnose.

OBSERVAÇÃO: As ondas gama podem ir até 100Hz ou mesmo 300 Hz.

8) Conclusões:

As propriedades quânticas das soluções homeopáticas permitem que as mesmas sejam expressas pelos princípios gerais da mecânica quântica e pelo seu formalismo matemático, particularmente, na manifestação da função de onda.

A energia vital promove o colapso em funções de onda na mecânica quântica e na homeopatia, conforme a equação de Schrödinger e de acordo com o princípio da complementaridade de Bohr.

9) Resumo:

Do mesmo modo que na mecânica quântica há a dualidade entre partícula e onda, e os estados quânticos podem estar em sobreposição, na homeopatia o princípio ativo pode ser encontrado como soluto particular ou ondulatório na solução.

Nestas hipóteses de Venturelli, a equação da função de onda se aplica à solução homeopática, que entrelaça o soluto e o solvente no chamado emaranhamento quântico, de tal forma que a solução seja a função de onda do soluto ao passo que o observável do vetor de estado seja o princípio ativo no organismo tratado.

Nestes postulados, o efeito do observador é mais amplamente considerado em um efeito da energia vital, que independe da vontade ou da consciência, sendo exercido de modo automático na presença de algum sinal vital, seja mental ou corporal, resultando no colapso da função de onda e manifestando a ação medicinal do princípio ativo.

10) Summary:

In the same way that in quantum mechanics there is duality between particle and wave, and quantum states can be in superposition, in homeopathy the active principle can be found as a particular or wave solute in the solution.

In Venturelli’s hypothesis, the wave function equation applies to the homeopathic solution, which intertwines the solute and the solvent in the so-called quantum entanglement, in such a way that the solution is the wave function of the solute while the observable of the vector of state is the active ingredient in the treated organism.

In this postulate, the effect of the observer is more widely considered to be an effect of vital energy, which is independent of will or consciousness, being exerted automatically in the presence of some vital sign, whether mental or bodily, resulting in the collapse of the wave function and manifesting the medicinal action of the active ingredient.

Dr. Paulo Venturelli